Joinville, 09 de junho de 2014 - PUBLICAÇÕES ONLINE
O juiz Thiago Inácio de Oliveira autorizou uma mulher a mudar seu
registro e a utilizar um nome masculino. Além disso, ele determinou que
seja retificado o gênero no documento. A decisão, inédita na comarca de
Uruaçu, foi destaque no Projeto Justiça Ativa, que termina nesta
sexta-feira (6).
O magistrado levou em consideração que o caso se inclui na esfera da
dignidade humana, postulado constitucional que deve ser observado pela
sociedade. Com essa decisão, Lívia Maria Antunes Fernandes passará a se
chamar João Felipe Antunes Fernandes.
“Sob a perspectiva dos princípios da bioética – de beneficência,
autonomia e Justiça -, a dignidade da pessoa humana deve ser
resguardada, em um âmbito de tolerância, para que a mitigação do
sofrimento humano passa a ser o sustentáculo de decisões judiciais, no
sentido de salvaguardar o bem supremo e foco principal: o ser humano em
sua integridade física, psicológica, socioambiental e ético-espiritual”,
citou o magistrado, conforme entendimento do Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
De acordo com os autos, Lívia argumentou que há muito tempo sofre de
uma dicotomia físico-psíquica, possuindo um sexo físico – o feminino,
diferente de sua formação sexual psicológica – masculina. Ela disse
ainda que, no seio familiar e de amizade, todos o consideram do sexo
masculino, já que seu jeito de vestir, agir, aparência física e
relacionamentos afetivos demonstravam sua verdadeira identidade sexual.
(Texto: Arianne Lopes / Foto: comarca de Uruaçu – Centro de Comunicação
Social do TJGO)
FONTE: TJGO
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